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Salvador, BA

SELO JURISTAS NEGRAS

Selo Juristas Negras é uma organização de mulheres negras , voltada para o enfrentamento ao racismo, ao sexismo e a todas as formas de opressão.

Sobre o Instituto

Criado em 2020, em meio à pandemia da COVID 19, o Selo Juristas Negras é uma organização de mulheres negras que atuam nas mais diversas funções do sistema de justiça brasileiro, voltada para o enfrentamento ao racismo, ao sexismo e a todas as formas de opressão, a partir da produção, disseminação e articulação de saberes jurídicos afrodiaspórico e pluriversais. Idealizada por duas juristas negras nordestinas (Chiara Ramos, de Recife-PE, e Lívia Sant’Anna Vaz, de Salvador-BA), nossa organização é intergeracional e formada por cerca de 150 (cento e cinquenta) juristas negras – acadêmicas, advogadas, delegadas, promotoras de justiça, defensoras públicas, juízas, procuradoras, assessoras, assistentes jurídicas, psicólogas, assistentes sociais, enfermeiras, pedagogas etc. – de todas as regiões do país.

O Selo Juristas Negras busca, a partir da encruzilhada identitária que intersecciona raça e gênero no sistema de justiça brasileiro, construir e disseminar contra-narrativas para o enfrentamento do epistemicídio jurídico e para a ampliação dos horizontes sobre Direito e Justiça, numa perspectiva crítica.

A partir das ações já desenvolvidas pelo Selo Juristas Negras, está sendo consolidada uma Rede de Juristas Negras aptas a exercer, de maneira estratégica e pioneira, uma atuação jurídica antirracista/antissexista em todo o país. Com representantes em cada estado da Federação, a Rede atua na proteção judicial e extrajudicial das vítimas de racismo, no impulsionamento de políticas públicas de promoção da igualdade racial e em ações de enfrentamento ao racismo institucional, sempre por meio de uma perspectiva interseccional.

O Selo Juristas Negras busca, a partir da encruzilhada identitária que intersecciona raça e gênero no sistema de justiça brasileiro, construir e disseminar contra-narrativas para o enfrentamento do epistemicídio jurídico e para a ampliação dos horizontes sobre Direito e Justiça, numa perspectiva crítica. Com tais propósitos, esse movimento contra-hegemônico fundado numa epistemologia afrodiaspórica vem tecendo, a muitas mãos, um afrofuturo ancestral a partir da criação de espaços singulares de produção e resgate de saberes, a exemplo da Coleção Juristas Negras, da Imersão Juristas Negras, do Podcast Juristas Negras e da Rede de Juristas Negras. A partir dessas perspectivas epistemológicas, buscamos não apenas produzir e disseminar nossos saberes, mas nos instrumentalizar para a construção de uma prática jurídica antirracista e antissexista que promova rupturas nas estruturas coloniais de produção e aplicação do Direito.